CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DA APA FEDERAL DO NOROESTE DO PARANÁ

ANTES DESSE PACIENTE, UMA MOÇA TAMBÉM DA REGIÃO FOI INTERNADA COM SINTOMAS DE GRIPE. OS EXAMES LABORATORIAIS DERAM NEGATIVO PARA H1N1, EMBORA OS SINTOMAS INDICASSEM TAL POSSIBILIDADE

Homem, 63 anos, morador em Loanda. Esse é o perfil do paciente do primeiro caso confirmado de gripe A (H1N1) na região de Paranavaí. Ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Paranavaí. Seu estado é grave, como confirmou uma fonte do hospital ontem à tarde. O homem é mantido em ventilação mecânica, ou seja, respira com a ajuda de aparelhos. O paciente foi internado inicialmente em Loanda no dia 2 de maio. Como o seu estado apresentou piora, foi transferido para a Santa Casa no dia 7. Não há confirmação se ele tomou a vacina antigripal, cuja campanha nacional de imunização se encerrou na última sexta-feira. A vacina leva entre 15 e 20 dias para fazer efeito. Antes desse paciente, uma moça também da região foi internada com sintomas de gripe. Os exames laboratoriais deram negativo para H1N1, embora os sintomas indicassem tal possibilidade. Ela se recuperou e teve alta poucos dias após. DESDOBRAMENTOS - Coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da Santa Casa de Paranavaí, a médica Gislaine Erédia Araújo esclarece que o caso não muda a rotina, porém, deve despertar a atenção dos profissionais, pois indica que o vírus está presente. A gripe A (H1N1) surgiu em 2009 e no mesmo ano fez vítimas em Paranavaí. Foram quatro mortes naquele ano, além de uma quinta não confirmada em exame, mas constatada clinicamente. No auge da epidemia naquele ano, a UTI da Santa Casa ficou cheia de pacientes, num cenário que beirou o caos. Também em 2009, aulas foram suspensas na rede municipal para tentar barrar o contágio. Ainda naquele ano um decreto municipal proibiu a realização de eventos, visando reduzir as aglomerações de pessoas. Nos anos seguintes a doença regrediu e a vacina passou a ser fornecida pelo Governo para determinadas faixas da população. Também há disponibilidade de doses na rede privada de saúde.