A Florestal Brasil terá sob sua responsabilidade 335 mil hectares e começará com um viveiro de eucalipto em Andradina, no interior de São Paulo, com capacidade para produzir 6 milhões de mudas por mês. A primeira colheita de árvores está prevista para 2014 e parte da produção, em torno de 20%, deverá ser usada para abastecer as caldeiras das unidades de abate e processamento de carne da JBS. O excedente de madeira será colocado à venda no mercado para empresas que utilizam lenha como biomassa ou para produção de celulose. Em nota divulgada pela empresa, os investidores afirmam que o plano de negócio da nova companhia respeitará o Código Florestal, com destaque para as Áreas de Preservação Permanente (APP).

Em 2008, o Brasil produziu cerca de 12,6 milhões de toneladas de celulose e 9,5 milhões de toneladas de papel. O país ocupa a quarta posição no ranking mundial dos maiores produtores de celulose, atrás apenas dos EUA, Canadá e China. As exportações de celulose somaram US$ 3.9 bi, com embarques para Europa (51%), China (20%) e Estados Unidos (19%). As vendas externas de papel somaram US$ 1.9 bi e os principais compradores foram os países da América Latina (59%), Europa (16%) e América do Norte (13%). Somadas, as vendas externas de papel e celulose (US$ 5.8 bi), representam o terceiro maior valor entre os produtos agrícolas brasileiros comercializados internacionalmente, atrás do complexo soja (US$ 17.9 bi) e do setor sucroalcooleiro (US$ 8 bi). O setor agrega 220 empresas em 450 municípios, localizados em 17 estados e em 5 regiões. As atividades da cadeia produtiva do papel e celulose empregam diretamente 114 mil pessoas (indústria 67 mil e florestas 47 mil) e gera outros 500 mil empregos indiretos.