CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DA APA FEDERAL DO NOROESTE DO PARANÁ

AS PREVISÕES INDICAM QUE A CHUVA, INICIADA ANTEONTEM, DEVE PARAR A PARTIR DE HOJE. PENSANDO NISSO, A VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE PARANAVAÍ DEVE INICIAR UM MONITORAMENTO EM RELAÇÃO AOS CRIADOUROS DO MOSQUITO AEDES AEGYPTI, TRANSMISSOR DA DENGUE, ZIKA VÍRU

As previsões indicam que a chuva, iniciada anteontem, deve parar a partir de hoje. Pensando nisso, a Vigilância em Saúde de Paranavaí deve iniciar um monitoramento em relação aos criadouros do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue, Zika Vírus e Febre Chicungunya, doenças que podem matar. A preocupação é que a chuva deixe muitos locais com água parada, facilitando a proliferação do mosquito. O diretor da Vigilância, Randal Khalil Fadel, disse que até sexta-feira os agentes vão acompanhar a situação nas residências e prédios comerciais. Dependendo do número de larvas encontrado, pode iniciar um novo levantamento de índice na segunda-feira, visando atualizar a situação em relação ao mosquito. A preocupação se justifica porque o último levantamento aconteceu após uma longa estiagem, gerando um índice baixo de infestação. O LIRA apontou apenas 0,4% de infestação, sendo que o tolerável pela Organização Mundial de Saúde é de até 1%. Fadel Filho teme que a falta de chuva, portanto de água parada, possa ter “camuflado” a situação real. Ele detalha que neste período as fêmeas continuaram botando os ovos e que os mesmos podem eclodir agora, com o possível acúmulo de água parada. Daí, a importância do monitoramento. A prudência se justifica nos números. Em 2016 foram 870 notificações de casos suspeitos com 111 confirmações da doença. O último caso é da primeira quinzena de abril, o que na prática significa que o vírus da Dengue continua circulando. TERRENOS NO MATO - Também em relação ao mosquito, o setor de fiscalização da Prefeitura continua notificando os proprietários de terreno com matagal. Neste mês de abril foram 193 notificações, informa o chefe do setor, Éder Mendonça. Os donos ganham prazo para a limpeza. Caso descumpra, a Prefeitura faz os serviço e cobra pela execução, além de lavrar multa. O valor total das despesas pode ultrapassar R$ 1.000,00. Em outras palavras, o melhor é se antecipar. Mendonça disse ontem que, se por um lado a volta da chuva traz preocupações, por outro a queda da temperatura pode reduzir o ritmo de crescimento do mato. De qualquer maneira, as notificações devem continuar. Somente neste ano mais de 700 proprietários foram notificados por causa do matagal em terrenos baldios. Terrenos nestas condições acumulam lixo e entulho, facilitando o acúmulo de água parada e, por consequência, de condições para o avanço do mosquito da dengue.